Metodologia High Scope - Aprendizagem Ativa / Metodologia de Trabalho por Projeto
High Scope "(...) Na abordagem High Scope as crianças constroem uma compreensão própria do mundo através do envolvimento ativo com pessoas, materiais e ideias. Este princípio tem como base as teorias construtivistas de Piaget e de outros psicólogos do desenvolvimento. Esta abordagem sugere que todas as crianças quer sejam bebés ou crianças em idade pré-escolar ou do ensino primário; crianças com dificuldades de aprendizagem ou inteligência acima da média - aprendam ativamente. Adquirem conhecimento experimentando ativamente o mundo à sua volta - escolhendo, explorando, manipulando, praticando, transformando, fazendo experiências. A amplitude e a profundidade da compreensão que a criança tem do mundo está em constante mudança e expande-se como resultado das suas interações do dia-a-dia (...)" Amy Powell (1991).
A abordagem High Scope propõe para a educação no início da infância que os adultos e as crianças partilhem o controlo. Reconhecemos que o poder para aprender reside na criança, o que justifica o foco nas práticas de aprendizagem através da ação. Quando aceitamos que a aprendizagem vem de dentro, atingimos um balanço crítico na educação das crianças. O papel do adulto é apoiar e guiar as crianças através das aventuras e das experiências que integram a aprendizagem pela ação.
A estimulação da iniciativa das crianças e das suas tendências para relações interpessoais positivas num contexto de aprendizagem ativa afeta determinantemente o desenvolvimento das crianças em idade de creche e pré-escolar e as suas realizações enquanto adultos. A pedra angular da abordagem High Scope para a educação é a crença de que a aprendizagem pela ação é fundamental ao completo desenvolvimento do potencial humano, e de que a aprendizagem ativa ocorre de forma mais eficaz em contextos que providenciam oportunidades de aprendizagem adequadas do ponto de vista do desenvolvimento.
A aprendizagem é vista como uma experiência social envolvendo interações significativas entre crianças e adultos.
Princípios Básicos da aprendizagem pela ação:
- Clima de apoio Positivo
- Trabalho em equipa
- Envolvimento com famílias
- Espaço e materiais
- Rotina diária (Processo Planear, Fazer/ Rever)
- Experiências chave
A aprendizagem pela ação é vivenciar experiências diretas e imediatas e retirar delas significado através da reflexão:
- Ação direta sobre os objetos
- Reflexão sobre as ações
- Motivação Intrínseca
- Invenção/ Produção/ Resolução de problemas
Ingredientes da Aprendizagem ativa:
- Escolha e tomada de decisão
- Linguagem e Pensamento
- Educador "Scaffolding"
Organização Espaço e Materiais:
- Prioridade ao planeamento da estrutura
- Seleção de materiais adequados ao desenvolvimento e suficientes para todas as crianças (diversidade, flexibilidade, variedade)
- Materiais que refletem a diversidade da vida familiar
- Organizados, rotulados (permitir escolher - usar - arrumar)
- Espaço dividido em áreas/zonas de interesse específico
Áreas de Interesse:
- Área dos blocos
- Área dos jogos
- Área da casa
- Área do movimento
- Área da matemática e ciência
- Área da leitura e da escrita
- Área das construções
- Área da garagem
- Área do exterior
Projeto
Uma das metodologias de trabalho alusivas à educação de infância que consideramos igualmente fundamental adotar no Colégio consiste na metodologia de trabalho de projeto.
Este tipo de trabalho consiste num processo que não pretende ser rígido, mas sim flexível, adequado, ajustado ou reajustado tendo em conta a realidade.
Efetivamente, de acordo com numerosos autores, um projeto consiste numa ação de projeção, partindo de algo muito próprio que se transporta para o exterior, possibilitado através da ação da sua concretização.
Na realidade, de um projeto deverão fazer parte três etapas fundamentais, a primeira das quais corresponderá ao início do projeto, que consiste na identificação de um problema ou necessidade, ou simplesmente tendo como ponto de partida um interesse ou motivação.
A segunda etapa fundamental está relacionada com a sua execução. Não há dúvidas que esta execução implica um conjunto de fatores organizados. Assim sendo, após definidas as principais necessidades, passamos à clarificação dos objetivos pretendidos e munimo-nos de condições, recorrendo aos recursos disponíveis para que sejam efetivadas inúmeras atividades, bem como estratégias adequadas aos objetivos propostos.
Por fim, a etapa da avaliação, que apesar de ser apresentada em último lugar, assume uma relevância preponderante ao longo de todo o processo, bem como no final do mesmo.
Não obstante, e, tendo como ponto de partida as principais necessidades das crianças, é adequada a ação educativa, igualmente aos interesses que as crianças, pelas suas atitudes, vão manifestando, para que a sua aprendizagem seja significativa, com o intuito de favorecer o papel ativo nas suas aquisições, sendo esta a grande chave num trabalho de projeto.
